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• Entrevista Fresno Rock News
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Em 1999 começa a idéia de uma banda que em um futuro próximo seria um sucesso no Brasil e fora dele, Fresno, uma banda cujo o nome é de uma cidade americana que tomou conta dos ouvidos dos jovens da atualidade, o Lucas Silveira que é um dos integrantes da banda nós respondeu algumas perguntas, confira agora o que ele falou ao Fresno Rock News.

Fresno Rock News (FRN):
Primeiramente muito obrigado por nós conceder essa entrevista e responder nossa perguntas. Gostariamos de saber como começou a banda, de quem foi a idéia e como foi o começo, se sofriam com algo no inicio ?
Lucas - Fresno:
Bom, como a maioria sabe, a banda começou do jeito que a maioria delas começa... no colégio. Tínhamos 15 ou 16 anos e estávamos tocando em conjunto pela primeira vez. Errando muito, aprendendo um pouco de cada vez. Não tinha sofrimento não, não tinha pressão. Era só o negócio de se divertir, escrever músicas, mostrar pros amigos e tentar fazer alguns shows!

FRN:
Seu apelido no começo da banda era Paraíba, porém hoje em dia você detesta ser chamado assim, porque?
Lucas - Fresno:
Não sei onde tu leu que eu detesto. Todos os meus amigos das antigas ainda me chamam assim, em Porto Alegre. A única coisa é que eu não uso esse apelido como nome artístico profissional porque talvez muita gente não entenda a natureza dele, ou fique achando que é uma piada com o Estada da Paraíba. Não é nada disso. Era um personagem sei lá daonde, da "Praça é Nossa", não sei... aí começaram a me chamar assim, pelo fato de eu ter nascido no Ceará (fui com 2 meses para Porto Alegre) e também porque eu ficava cantando imitando os repentistas típicos do Nordeste, no meio da aula.

FRN:
Todos sabem que a Fresno é uma banda que alcançou seu sucesso pela internet. O que vocês pensam sobre a situação das gravadoras, já que a maioria utiliza apenas a internet para consumir música ?
Lucas - Fresno:
Muita gente só ouve música nos seus iPods, iPhones e seus MP3, MP4, MP500, etc. No entanto, existe uma grande maioria que as pessoas acabam esquecendo de levar em conta, que não têm condições, muito menos o costume de ouvir música dessa forma, digamos, mais moderna. Ter uma música com execução massiva no rádio ainda tem uma importância muito grande. E as gravadores têm os contatos e os meio$ para que isso aconteça. O rádio é uma cultura em declínio, eu sei. As estações são cada vez menos segmentadas e mais povão. Isso é ruim. Falta rock. E o rock que rola no rádio é um rock de pau mole, se é que tu me entende. Eu não sei porque isso, e também não sei de quem é a culpa. A gente quer sempre descer a lenha na pauleira, a gravadora até daria força, se a gente ainda vivesse a época em que rolava Raimundos tranqüilamente numa FM líder de audiência. Mas hoje não rola mais. Estamos diante de uma crise dos meios de comunicação de massa. A galera é muito antiquada e não sabe concorrer com a agilidade e liberdade que a internet proporciona. A inclusão digital tá aí. Um MP3 player custa tipo 15 reais, e cada vez mais gente tá largando o rádio de mão. Quem sabe, quando o jogo realmente virar, as rádios possam voltar a buscar autenticidade e música boa, e não apenas audiência.

FRN:
Nós estamos curiosos para saber um pouco mais do novo CD. Você pode adiantar alguma coisa pra gente ?
Lucas - Fresno:
O nome é, por enquanto, "Revanche". A faixa título a galera já conhece. A gente toca em quase todos os shows. É uma música bem porrada, diferente de tudo que vinhamos fazendo, mais intensa até que as músicas do "Ciano". Nesse disco, há espaço pra tipo meia dúzia de músicas nessa onda... umas mais melódicas, outras menos, mas todas com uma dramaticidade que não tinha antes, pois ainda estávamos desenvolvendo esse estilo. Esse é o lado pauleira. No entanto, a gente também, como de costume, acaba escrevendo uma porção de baladas, de músicas que privilegiam mais as harmonias, teclados, orquestrações e, sim, muito piano. Eu tenho me dedicado ao piano como nunca me dediquei a outro instrumento. Tenho aspirações bem elevadas, de tocar umas coisas virtuosas, e tentar enfiar isso nas músicas da Fresno, mas sem virar um farofeiro chato. Pra isso, tenho ouvido muito Queen, e Muse também, que é mais ou menos como uma reedição do Queen, 30 anos depois. A galera tá pirando muito em Hard Rock, coisas dos anos 80, Queens Of The Stone Age, Smashing Pumpkins, e também sempre de olho no que o pessoal mais foda da atualidade anda fazendo. E o pessoal mais foda da atualidade consiste nas bandas Anberlin, Emery e Copeland.

FRN:
Como é essa nova faze de sair do independente e entrar numa nova estrutura de shows, públicos e etc ?
Lucas - Fresno:
É um novo desafio. A gente tocava em lugares, na maioria das vezes, pequenos, para um público fiel e exclusivamente nosso. Com a gravadora, a gente acabou sendo arremessado num balaio de bandas novas que todo mundo achava que era a mesma coisa. Precisávamos, novamente, mostrar serviço, provar por A + B porque é que nós estávamos com aquela onda toda. Foi difícil, e continua sendo. Você é entendido por um público segmentado, mas é uma aberração quando apresentado pro 'povão'. As pessoas estranham nossas roupas, nossas músicas, nosso jeito de cantar. Mas é uma fase. Tudo que durou na música um dia começou assim, causando estranheza e até revolta em muita gente. A gente recebe uns ataques da imprensa, mas lê tudo na boa e coloca na cabeça que esses serão os mesmos que darão o braço a torcer lá na frente. Acho que auto-confiança é imprescindível pra se manter firme, pra não perder a identidade. Senão tu acaba jogando o jogo deles, fazendo sonzinho pra agradar meia-dúzia que nem vai comprar o teu disco. Eu quero os grandes festivais, os estádios. A gente é bem ambicioso, e não tem vergonha disso, porque a gente sabe que é uma coisa de cada vez, um passo atrás do outro.

FRN:
Você é uma pessoa bem estilosa. Você se inspirou em alguém pra se vestir assim, ou você gosta de criar seu proprio estilo ?
Lucas - Fresno:
Não existe muito esse papo de criar o próprio estilo. A gente acaba se apropriando de referências que a gente curte, e imitando uma coisinha aqui, outra acolá. Depois muda tudo, começa a ficar mais na boa, na manha. Depois se agita de novo. Não tem muita receita não. Eu gosto muito do estaile da galera da gringa, que toca nessas bandas que eu escuto. Eles também se influenciaram por outras pessoas, que também se inspiraram em outras. Da mesma forma, tem gente querendo parecer com a gente hoje, e com outra pessoa amanhã. Faz parte da vida, esse papo de camaleão. Só não precisa exagerar demais e esquecer a música. Isso é uma prática muito comum na música pop.

FRN:
Vocês acham que ainda rola preconceito com as bandas que seguem a linha emocore ?
Lucas - Fresno:
Bom, hoje em dia ninguém mais toca emocore. É que nem o HC melódico, as bandas sempre acabam migrando pra uma outra coisa, mais complexa. Quando eu tiver 30 anos, estarei escrevendo outras coisas, diferentes do que escrevo hoje. Da mesma forma, eu não seria capaz de escrever "Se Algum Dia Eu Não Acordar" hoje em dia, simplesmente pelo fato de que aquele cara de 8 anos atrás não sou mais eu. A gente vai levar ainda por muito tempo o estigma de 'banda emo', mas até mesmo os jornalistas já cansaram de tocar no assunto. Aos poucos a gente vai explicando, musicalmente, que essa nomenclatura não é nada, diante da música que somos capazes de fazer. Tem gente que ainda não leva fé, e ninguém é obrigado a gostar da música que fazemos. A galera fala, fala, fala, mas é só no Orkut, em comentários do YouTube, ou gritando de longe. No cara-a-cara, quase todo mundo baba o ovo ou fica quieto, pra não correr o risco de ter que sair na mão. Acontece que enraivece muita gente o fato de as 'bandas emo' serem atualmente as que mais fazem sucesso, mais vendem discos, mais lotam shows e, sim, as que têm mais mulheres fazendo qualquer coisa pra entrar no camarim.

FRN:
Quando iniciaram a banda, vocês concerteza tinham seus objetivos com ela, sonhos esse tipo de coisa, hoje com o sucesso que vocês tem, conseguiram realizar esses sonhos e objetivos? Quais foram eles ?
Lucas - Fresno:
Eu procuro sonhar uma coisa de cada vez. O sucesso é uma escada rolante que a gente sobe ao contrário. Se ficar parado, a gente termina lá embaixo. Estamos sempre correndo atrás, sempre mentalizando coisas que podem ajudar a gente a firmar o nosso nome na história da música brasileira. Já fizemos uma porção de coisas, mas ainda não é nada perto do que eu pretendo fazer. Tenho uma vida pela frente que vai ser inteiramente dedicada à música, ao nosso público. Essa é a minha realização pessoal, ficar o resto da vida fazendo isso.

FRN:
Como vocês se sentiram ao ganhar o disco de ouro no ano passado ?
Lucas - Fresno:
É um desses sonhos que a gente realiza. E que acabam desencadeando muitos outros, ainda mais ambiciosos. Hoje em dia é muito difícil vender 50mil cópias de um CD. Vocês não têm noção...

FRN:
Muitas bandas ultimamente andam fazendo muitos covers, muito bons por sinal, vocês já fizeram algum cover de banda? Quais músicas tocam dessa banda ?
Lucas - Fresno:
Nunca fizemos nada muito sério não. No começo a gente tirava alguma coisa do Dashboard. Mas hoje em dia temos que tocar tantas músicas que acaba faltando espaço pra algum cover ou algo que o valha. Ás vezes eu dou uma palhinha de algum som naquele momento do show em que me sento ao piano, mas não vai muito além disso, não.

FRN:

Tem tantas banda novas aparecendo por ai, qual dica você daria a essas bandas que estão iniciando carreira ?
Lucas - Fresno:
Que sonhem alto, mas que coloquem metas. E que não fiquem pensando apenas nos objetivos, também. Antes de tudo, tocar música, fazer um som, precisa ser legal. Tu precisa amar o que tu faz, de verdade. Precisa gostar das próprias músicas. Só assim tu vai fazer alguém gostar também, cantando com honestidade, acreditando naquilo. E estudar bastante. O estudo da música faz com que o nosso horizonte seja infinito. As idéias musicais ficam muito mais claras e simples quando a gente passa a estudar harmonia.

FRN:
Uma pergunta que não podia faltar. O que você achou do Fresno Rock News, do que a gente faz por vocês, etc ?
Lucas - Fresno:
Vocês são fodas, e prestam um serviço essencial para a banda, que é a disseminação de informação. Quero que cresçam junto com a gente e continuem dando dessa força! É nóis, galera. Sempre junto!

Voce encontra Lucas e os meninos da Fresno em:
Site
http://www.fresnorock.com.br
Fotolog
http://www.fotolog.com/fresnorock
My Space
http://www.myspace.com/fresnorock
Twitter da banda
http://twitter.com/fresnorock
Twitter do Lucas
http://twitter.com/lucasfresno

Contato pra Show's:
Arsenal - (11) 2256.9999
julia@arsenalmusic.com.br
luka@arsenalmusic.com.br
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• Família Fresno Rock News =)
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